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Exportações impulsionam estabilidade no preço do suíno e abrem caminho para ano de rentabilidade ao produtor

Com mais de 218 mil toneladas exportadas por Santa Catarina até abril, setor prevê cenário positivo mesmo diante de desafios como falta de mão de obra, crédito caro e exigências internacionais de bem-estar animal.

19 Maio 2025
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O mercado de suínos no Brasil entrou em um momento de estabilidade nos preços, sustentado pelo forte desempenho das exportações, com destaque absoluto para Santa Catarina. A avaliação é do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, que apresentou um panorama positivo para o setor, ao mesmo tempo em que alertou para desafios estruturais que podem limitar o crescimento a médio prazo.

Estabilidade nas principais bolsas

As principais bolsas estaduais de suínos encerraram a quinta-feira, 15 de abril, sem variações nos preços:
  • Santa Catarina manteve o valor de R$ 8,38/kg, após seis semanas de altas consecutivas. A média do estado entre janeiro e abril é de R$ 8,21/kg.
  • São Paulo segue com o preço de R$ 8,80/kg há cinco semanas, com média no ano de R$ 8,70/kg.
  • Minas Gerais também está estável há quatro semanas, com valor de R$ 8,60/kg e média anual idêntica.

Segundo Losivanio, esse cenário de preços sustentados sem novas altas indica uma maturidade no equilíbrio entre produção e mercado — resultado direto da força das exportações e do controle dos custos de produção.

Exportações em alta

Santa Catarina reafirma sua posição no mercado internacional. Até abril de 2025, o estado foi responsável por 218.300 toneladas das 402.400 toneladas exportadas pelo Brasil, representando mais de 54% do total nacional.

Comparando com o mesmo período de 2024, o crescimento nas exportações brasileiras foi de 58.755 toneladas, sendo 16.301 toneladas a mais apenas em Santa Catarina.

A diversificação de mercados compradores é um dos pontos mais destacados:
  • China, ainda relevante, reduziu suas compras para 47.900 toneladas.
  • Filipinas surpreenderam ao saltar de 46 mil toneladas em 2024 para 85.870 toneladas em 2025, praticamente dobrando a demanda.
  • Japão, México, Hong Kong e Argentina também aumentaram suas importações, alguns com crescimento acima de 100%.

Essa pulverização dos destinos comerciais fortalece a resiliência da suinocultura catarinense, que no passado já sofreu com a dependência excessiva de mercados como o chinês.

Desafios do setor

Apesar do momento positivo, o setor enfrenta entraves relevantes. Um dos principais é o custo elevado dos financiamentos, que desestimula novos investimentos em modernização da produção.

A introdução de tecnologias como inteligência artificial e robôs nas propriedades rurais exige capital intensivo. No entanto, a realidade de muitas granjas ainda é de limitações operacionais, agravadas pela falta de mão de obra no meio rural, causada pela evasão dos jovens.

Custos em queda e fôlego aos produtores

Por outro lado, os custos de produção têm caído significativamente, o que ajuda a melhorar a margem de lucro dos produtores:
  • Milho: em forte retração nos preços.
  • Farelo de soja: estável, porém em patamar mais baixo do que nas últimas crises.

Essa conjuntura permite ao produtor manter a rentabilidade sem ampliar o plantel, focando apenas em ganhos de produtividade. Isso evita uma superoferta que poderia pressionar os preços para baixo.

Bem-estar animal e exigências internacionais

Outro fator estratégico é a adequação das propriedades às normas de bem-estar animal, cada vez mais exigidas pelos mercados internacionais. A não conformidade pode resultar em perdas de contratos de exportação e redução da competitividade.

Perspectivas para 2025 e 2026

A previsão da ACCS é de continuidade no bom desempenho do mercado ao longo de 2025 e, ao menos, até meados de 2026. A produção já está a campo e deve suprir a demanda, mantendo preços rentáveis sem sobrecarregar o sistema.

Com a genética avançada, alta tecnificação e controle sanitário rígido, a suinocultura brasileira — especialmente a catarinense — segue como uma das mais competitivas do mundo.

16 de maio de 2025 /ACCS/ Brasil
https://accs.org.br

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